11 de julho de 2015

"No silêncio do chimarrão"

No silêncio do chimarrão
  
No silêncio do chimarrão,
Eu conto a minha história.
Sem o filme da reconciliação,
Cenas ficam na memória.

Era 05 de julho,
No ano do tri mundial.
Por inexperiência ou orgulho,
Sem ser receptivo, muito menos cordial.

Suavemente, a “Adeus Ingrata”.
Ficou o Empório Darci.
A canção que hoje retrata,
Meu amor de Cacequi.

No Hermes da Fonseca, a buscava.
Todas as noites, eu me lembro.
Senti então que a distância aumentava,
Eu em maio e ela novembro.

Aquele amor de infância,
Que revi no carnaval do Grêmio Apolo.
Não soube valorizar sua importância,
E nestes versos agora me consolo.

Sentados lado a lado,
Perdi minha paixão.
Pagando o erro por ter me calado,
No silêncio do chimarrão.

 Antônio de Pádua Elias de Sousa 

 12/11/10